O duelo tenso entre Criciúma e Vila Nova agita a Série B
Poucos jogos da Série B carregavam tanto peso quanto Criciúma x Vila Nova nessa 9ª rodada do campeonato, realizada no Heriberto Hülse. Com o Criciúma flertando com a zona de rebaixamento e o Vila Nova sonhando com o G4, a noite de 9 de junho prometia pressão dos dois lados — e não faltou.
Desde o começo, o Criciúma mostrou que queria transformar sofrimento em superação. O time controlou mais a posse de bola e buscou espaços, quase sufocando o adversário no campo ofensivo. Já o Vila Nova, apesar da necessidade de vencer para colar na parte de cima da tabela, foi engolido por sua própria ansiedade e cometeu erros bobos mesmo com boa movimentação pelos lados.
Quem insistiu nos primeiros minutos foi o atacante Gustavo Pajé, referência nos contra-ataques do time visitante. Foi dele a melhor chance do Vila Nova no início do segundo tempo, quando arriscou de fora da área e assustou a torcida tricolor. Só que a bola teimou em passar triscando o travessão, para alívio dos donos da casa.
E a partida foi esquentando não só pelo clima, mas também pelas divididas duras. Sassá, do Criciúma, acabou punido com cartão amarelo logo aos 48 minutos por falta forte. A advertência marcou um momento de nervosismo, refletindo o sentimento de urgência dos catarinenses em campo.
Substituições, gol salvador e drama até o apito final
O jogo foi ganhando cara nova quando, aos 50 minutos, o técnico do Criciúma decidiu mexer nas peças. Léo Naldi entrou no lugar de Gui Lobo, enquanto Yan Souto substituiu Zé Gabriel. O objetivo era reforçar o meio e dar fôlego à marcação, estratégia que acabou funcionando. Do lado do Vila Nova, as mudanças buscavam recuperar o controle, mas a equipe não conseguiu encaixar passes e parecia travada.
A torcida, já impaciente, explodiu aos 77 minutos. R. Fagundes aproveitou brecha na marcação adversária, passou com habilidade pela linha defensiva e, na cara do gol, não desperdiçou: abriu o placar para o Criciúma, incendiando o Heriberto Hülse. O atacante foi abraçado por todo o grupo, ciente do momento decisivo para o futuro da equipe no campeonato.
Daí em diante, o que se viu foi um Criciúma disposto a defender a vantagem com unhas e dentes. Vila Nova se lançou ao ataque no desespero, mas esbarrou em bloqueios e na falta de pontaria. Houve cruzamentos, chutes de longa distância e com todos no ataque, mas a bola não entrou.
- Criciúma alcança vitória vital e afasta o iminente risco de queda;
- Vila Nova segue perseguindo o tão sonhado acesso, mas tropeça quando precisava mostrar força;
- O resultado embolou ainda mais a tabela da Série B, jogando pressão extra na próxima rodada.
Esse triunfo dá ao Criciúma novo fôlego na briga para fugir da parte de baixo. Vila Nova, por outro lado, precisa repensar a postura fora de casa e encontrar soluções rápidas se quiser voltar a sonhar com a elite do futebol brasileiro. O Heriberto Hülse viveu uma noite de alívio e esperança, em uma Série B que promete emoções até o fim.
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