Jogo marcado por pênaltis e cartões: Operário-PR surpreende em casa
Ninguém imaginava uma vitória tão contundente assim. O Operário-PR recebeu o Atlético-GO em Ponta Grossa e aplicou um 3 a 0 seco, mudando o clima na parte de baixo da tabela da Série B. O placar elástico veio com direito a dois pênaltis convertidos na reta final e muitos cartões para o lado goiano.
O Operário-PR entrou em campo pressionado pela proximidade da zona de rebaixamento e segurou bem a posse de bola, mantendo 55% de controle durante o jogo. O time se mostrou mais eficiente, mesmo sem investir pesado em finalizações: foram 7 chutes, com 3 indo em direção ao gol. O Atlético-GO, por outro lado, arriscou 5 vezes e foi parado com mais facilidade.
Índio abriu o placar aos 22 minutos do segundo tempo, aproveitando uma falha da zaga adversária. A situação ficou ainda melhor para o time da casa quando Gabriel Boschilia, o grande nome da partida, ampliou batendo um pênalti certeiro aos 42. O clima esquentou: o Atlético-GO reclamou, acumulou cartões, e viu o jovem M. Felipe ser expulso após um puxão não autorizado – um vermelho por falta profissional que matou qualquer chance de reação dos visitantes.
Já nos acréscimos, quando os nervos estavam à flor da pele, Brenno Pereira Silva bateu outro pênalti e fechou o placar aos 56 minutos (!), mostrando o quanto o árbitro precisou controlar o jogo até o fim, com muitos minutos adicionados.
Atlético-GO se complica fora de casa e disciplina preocupa
O Atlético-GO entrou como favorito para muitos, mas protagonizou uma apresentação bem apagada. O time saiu de campo com 6 cartões amarelos e um vermelho, somando 26 faltas – um número absurdo até mesmo para os padrões da Série B. O excesso de faltas e a defesa desorganizada pesaram demais, especialmente nos momentos decisivos do jogo.
As estatísticas mostram como o Operário-PR soube aproveitar a vantagem numérica e as oportunidades: converteu 2 pênaltis e criou chances claras com Gabriel Boschilia, que não só marcou como organizou várias jogadas ofensivas. Do outro lado, Marcelinho tentou comandar o ataque goiano, mas pouco produziu diante da marcação pesada e da pressão dos torcedores locais. Nas trocas, tanto Luizão quanto Willian Maranhão tentaram dar novo fôlego ao Atlético-GO, sem sucesso.
Essa vitória devolveu um pouco da confiança ao Operário, que agora soma 19 pontos e ocupa a 15ª colocação, com meio caminho trilhado longe do Z4. O Atlético-GO, com 22 pontos e um 12º lugar, precisa olhar para os problemas defensivos e ajustar o comportamento dentro de campo se quiser continuar brigando na parte de cima. Curiosamente, a expectativa da partida era de mais de 2,5 gols — algo que se confirmou com o placar construído principalmente na base das penalidades e de muita tensão. No Germano Krüger, Operário-PR mostrou que, mesmo não sendo favorito, pode mudar seu destino jogando em casa.
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